sexta-feira, 27 de julho de 2007

O Almoço do Sábado.

Acordou assustado. Como sempre, um pesadelo, mas bem a tempo – já passava das 9:00. Os sábados normalmente eram livres, mas nesse haveria visita para o almoço. Para muitos pareceria cedo, mas ele sabia que devia tomar o café da manhã na hora certa, para ter fome na hora certa do almoço. Isso sem falar do tempo que levaria para preparar o ambiente, a comida e a si próprio para a ocasião.
Depois do primeiro banho fez algo para comer e ligou a televisão do quarto – evitando sujar a sala. Imaginou todos os possíveis diálogos, com as perguntas que faria e responderia e tudo que pudesse acontecer; tudo bem pensado, mas se viu em um dilema: às 9:45 já não tinha tempo para dormir novamente – pois às 10:30 já deveria estar preparando o almoço -, mas ainda era cedo para o segundo banho. Ficar ali assistindo televisão ele não iria, resolveu sair para caminhar. 45 minutos seria o suficiente; pegou o par de chinelos mais limpo...
Às 10:25 estava de volta. Deixou os chinelos na porta quando entrou, tomou o segundo banho e preparou a comida, colocando em seguida em tigelas de barro e pondo à mesa. Como música ambiente um CD de Kenny G. Sentou e esperou. Por volta do meio-dia parou à porta o carro da irmã, de onde esta saiu com a mãe. “Boa tarde, querido”, e se abraçaram, “O almoço está servido, venham se sentar”, respondeu.

Um comentário:

Bru disse...

As tristes rotinas
mas aqui deixo meu elogio sobre o texto...muito bom.