Já que o blog, como eu disse, é para textos de todo tipo, vai aí algo descontraido; um apêndice literário:
Marcone era suspeito de matar a própria mulher, mas jurava de pés juntos a inocência.
- É inocente, é? - perguntou o companheiro de cela.
- Que motivos eu teria pra matar minha esposa?
- Então matou sem motivo?
- Eu não matei!
- E por que está aqui?
- Fui acusado de matar minha mulher.
- Ela te traiu?
- Não que eu saiba.
- E por que matou?
- Não matei.
Segundos de silêncio.
- E você, por que está aqui? - perguntou Marcone.
- Sequestro.
- Sequestrou alguém importante?
- Não sequestrei ninguém. Só fazia a comida no cativeiro.
- E onde estão os seus parceiros de sequestro?
- Não sei... Só tinha eu e a criança na casa quando a polícia chegou.
O clima esquentou.
- Uma criança? Que tipo de covarde sequestra uma criança indefesa?
- Você matou a sua mulher, não venha me criticar!
- Eu não matei ninguém!
- E eu sou cozinheiro! Não sequestrei ninguém!
- É mesmo um covarde! Não nege os seus atos!
- E quem é que está negando o assassinato da própria mulher?
Um policial abriu a cela e os dois se calaram.
- Marcone, você vai pra casa. Responder em liberdade. - disse o policial.
- Eu te disse que não matei ninguém! - gritou Marcone para o companheiro.
Silêncio novamente.
- Vou sentir a sua falta.
- Eu também.
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3 comentários:
E agora, em pleno primeiro de abril, estaria alguém falando a verdade? Acho que nem o próprio narrador..
Bem observado. :]
gostei desse ^^
no final das contas ainda iam sentir falta um do outro, eu hein...
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